Garagem 4221

Hora da Revisão

Hora de lutarmos por nosso País

Caros amigos, não poderia deixar passar batido os anúncios de crise no mercado automotivo nacional vendo demissões e férias coletivas sendo anunciadas pelas montadoras sob a alegação de uma queda absurda nas vendas.

Mas vejo outra coisa também. Virou praxe culpar os impostos pelos preços abusivos dos automóveis fabricados no Brasil, mas será só isso mesmo?

De maneira nenhuma concordo com a imensa carga tributária que nós, brasileiros, pagamos em praticamente tudo que consumimos, mas fiz algumas pesquisas e gostaria de compartilhar com todos alguns pensamentos.

Para a questão dos impostos, todos dependemos do governo para uma solução ou modificação efetiva. E não acredito que isso vá acontecer tão cedo.

Mas será que nossas montadoras estão realmente cumprindo um papel importante que é muito valorizado fora de nosso país pelos consumidores e mercado em geral?

Que papel seria?

O da Responsabilidade Social das empresas, que engloba muito mais do que produzir e vender bens, mas também o de contribuir com a sociedade para a manutenção da qualidade de vida, empregabilidade, sociabilidade e outras coisas mais.

Nem precisei ir muito além de uma simples pesquisa na internet para constatar que nossas montadoras possuem o lucro médio de 10%. E eu falo lucro, depois de retirados todos os custos, impostos etc. E sabem quanto é o lucro médio das montadoras no restante do mundo? Pois é. O lucro é metade disso, ou seja, 5%. E se comprarmos com os Estados Unidos a coisa fica pior ainda. Lá o lucro é de 2%.

Descobri ainda que o lucro passou a esse patamar de 10% depois da crise de 1988 pois chegava aos 30%.

Ora! Será que num momento desses não seria a hora de todos arregaçarem as mangas?

Será que uma redução desse lucro dobrado não garantiria um menor preço, um maior consumo, consequente necessidade de aumento de empregos e, por fim, mais gente para comprar os produtos?

Não sei. Economistas podem ter milhões de teorias para justificar o que me parece, neste momento, pouco justificável. Lucro é lucro. Porque uma montadora pode ter um lucro de 5% no mundo e tem que ter o dobro aqui?

Seria aquela velha máxima da Lei de Gerson de ter que levar vantagem em tudo? Mesmo que isso prejudique quem seja mais importante para você?

E nós, consumidores, o que podemos fazer? Nos sentar e esperar os bons tempos?

Lamento, mas não me parece que isso vá acontecer se ficarmos parados. Afinal, parte disso é nossa culpa também.

Podemos, quem sabe, começar exigindo das empresas.

Como?

Pesquisando e dando preferência de compra àquelas que menos abusem de nossa situação de consumidores, que cumpram mais efetivamente suas responsabilidades sociais, que valorizem mais as pessoas e que estejam dispostas a lutar por todos nós.

Quem sabe não seria um começo? E, mudando a nós mesmos, nossas exigências e hábitos de consumo, possamos, também, dar um empurrão para mudar nosso país como um todo.

Não pretendo aqui ser o dono da verdade. Expresso o resultado de algo que muito tem me incomodando. Espero, sim, que todos passem a pensar no assunto.

Encontro Interclubes no Jerivá

Encontro interclubes de Fuscas no Jerivá. Um evento anual imperdível!

APACV

Este mês estou resolvi que
estarei montando uma entidade de socorro!

A Associação dos Proprietários Anônimos de Carros Velhos – APACV

Isso mesmo. O objetivo é auxiliar
a todos aqueles proprietários de carros velhos que sofrem diariamente com os
problemas de seus veículos, apresentando, muitas vezes, sintomas graves de
depressão pós compra e pós venda, síndrome do me lasquei e de não conseguirei
te vender, entre outras.

Vendo e compartilhando do
sofrimento de amigos, e mesmo de desconhecidos, resolvi criar esta associação
de ajuda para que, anonimamente, possam procurar ajuda para seus graves problemas
psicológicos.

Quero destacar aqui que a
Associação é exclusiva para proprietários de carros VELHOS! Aí não se enquadram
nem carros novos usados (que estão na garantia) e, muito menos, Carros Antigos,
cujo tratamento é outro.

Estamos aqui para ajudar você,
que um dia resolveu comprar o carro dos seus sonhos. E conseguiu. Só que ele já
tinha um bom tempo de uso e vários donos anteriores.

Sabe aquele tipo de carro que
está ótimo, mas ainda precisa fazer umas coisinhas para ficar excelente? E você,
inebriado por estar vendo seu sonho de adolescente ali, disponível, se enche de
orgulho e coragem e… Pronto! Faz a meleca de comprar com o coração!

Dentre os principais problemas
que nossas reuniões anônimas pretendem tratar destacamos:

Depressão Pós Compra

Caracterizada, principalmente,
pela tristeza extrema causada, na maioria dos casos, pelo “quase” uso do tão
amado carrinho, e que agora começa a ser odiado.

Os casos de depressão pós compra
se agravam a medida que o carro passa mais tempo andando para o mecânico de
guincho, que com o dono dentro, e seu tratamento é extremamente complexo pois
origina outros problemas como a Síndrome do Me Lasquei e a de Não Conseguirei
Te Vender.

Síndrome do Me Lasquei

Normalmente gerada durante a
Depressão Pós Compra, provoca noites de insônia e constantes consultas ao saldo
bancário. Em alguns casos pode levar a atos extremos como o do amigo que encheu
o carro de jornal para tocar fogo e só não o fez porque não achou a sogra para
colocar dentro e aproveitar o evento.

A Síndrome do Me Lasquei
normalmente tem seus sintomas aliviados pelo sentimento do passei essa bomba
adiante, mas, em alguns casos esse sentimento pode regredir para a Depressão
Pós Venda.

Síndrome do Não Conseguirei Te Vender

Decorrente da depressão pós
compra quando esta já se encontra em estado avançado, a síndrome do não
conseguirei te vender ataca o dono da bomba… ops… do veículo, quando este
já se vê sem soluções financeiras para arcar com todos aqueles gastos e eternas
idas ao mecânico. Seus ataques geralmente ocorrem dentro de ônibus, a caminho
do trabalho, quando o proprietário lembra que pela metade do dinheiro que
gastou no carro teria comprado um popular zero quilômetros.

Tratamento? Essa síndrome também
é aliviada pelo sentimento do passei essa bomba adiante, mas, nesse caso, não
há possibilidade de regressão para um quadro de Depressão Pós Venda.

Depressão Pós Venda

No caso da depressão pós venda a
causa da depressão vem, geralmente, do sentimento do passei essa bomba adiante
combinado com a pena sentida do pobre coitado que comprou o carro.

Normalmente se extingue
espontaneamente se o comprador não tem qualquer relação com o ex-dono do carro.
Mas, se o novo dono for um parente ou amigo próximo normalmente se estende pelo
período da depressão pós compra do novo proprietário.

Então, meus amigos, venham
participar da nossa associação e melhorar sua qualidade de vida buscando a
solução de seus problemas. As reuniões para troca de experiência serão sempre
realizadas as terças-feiras num setor de oficinas próximo a você!

Carros, reflexos de sua época

É bem interessante como cada época influencia os carros nela fabricados. Mesmo os considerados como “inovações” simplesmente são o reflexo da mudança de cada época.

Após a Segunda Grande Guerra então, é que isso fica bem claro.

Então, que tal um pequeno passeio pela minha visão dessas épocas e os carros de cada uma?

Estado da Arte

Na decada de 50 os carros representavam o glamour da vitória e o orgulho da reconstrução mundial, eram verdadeiras obras de arte inspiradas no otimismo em que o mundo vivia.

Claro que problemas existiam, crises então, nem se fala, mas de uma forma geral a arte estava em destaque e tudo tinha que ser arte. Cadilacs, Chevrolets, Fords etc, todos lindas obras de arte sobre rodas.

Rebeldia

Anos 60, década de cultuar a paz, o amor, a rebeldia e a liberdade. E mais uma vez os carros representando sua época.





Força e Potência

Nos anos 70 o mundo estava mudando mais que nunca. É época de Guerra Fria, e a força também é representada nos carros da época.





Crise

Na década de 80 a crise mundial do petróleo cai como uma bomba, novamente mudando novamente o mundo automobilístico. É a era dos carros compactos e econômicos.





Transformando e Experimentando

Finalmente, a partir da década de 90, novas opções de energia alternativa e novas perspectivas tornam os carros um pouco de tudo, do clássico tradicional ao mundo Transformer, vale de tudo para chamar a atenção do comsumidor.