Depois de mais de 3 meses de reclusão as coisas estão ficando desesperadoras para quem gosta daquele passeio de carro.
Está certo que muitos tiveram que retornar aos trabalhos normais e já estão usando seus veículos no dia a dia, mas vamos ser sinceros, para quem gosta do carro ir só para o trabalho não satisfaz.
E as viagens? E os passeios de fim de semana?
Mesmo com a reabertura gradual das cidades, quando falamos de viagens as coisas se complicam. Não há onde se hospedar, se alimentar ou fazer qualquer lazer por não serem consideradas “atividades essenciais”. Ora! Quem disse isso!
Muitos não entendem que para nós, automaníacos, só andar no trânsito da cidade é como ser condenado a uma prisão sem grades.
O aumento do stress devido a falta de uso adequado dos carros pode causar danos irreversíveis a pessoas assim.
E o que fazer? Como sobreviver e ficar olhando o carro ali na garagem?
Terapia da lavagem? Essa já foi. O carro já está mais limpo que UTI para COVID.
Faça você mesmo sua manutenção? Também já foi. Desmontei o que conseguia montar depois, troquei o que precisava e não precisava.
Tem um colega que já está dormindo no carro duas vezes por semana, só para sentir o cheirinho dele e matar a saudade.
Outro entra no carro duas quatro vezes por dia e fica uma hora fingindo que está dirigindo. Disse que era o que fazia antes no trabalho que tinha e precisava viajar para uma cidade vizinha todos os dias.
Loucos?!?!
Talvez.
Mas tem muita gente aí acreditando numa “teoria da conspiração” de que tudo é uma trama para que, quando a pandemia acabar, só tenhamos carros elétricos autônomos e drones da Uber rodando e fazendo entregas no planeta.
Eu acho isso um grande absurdo. Mas parei de pedir e andar de Uber só por garantia!
De qualquer forma, agora é segurar as pontas e ir levando do jeito que dá.
Quanto a mim? Bom! Vou ali fora fazer o quinto rodízio de pneus no carro e depois dar uma lavadinha nele. Afinal, não dá para fingir estar dirigindo um carro sujo. Não é mesmo?
Garagem do Coyothe 